A Câmara Mirim 2017, iniciada em maio, finalizou mais uma edição nesta terça-feira, 31. O projeto, que acontece desde 2009, tem o intuito de fomentar a participação de estudantes para o desenvolvimento da cidadania através da constituição de um mini parlamento. Todos os anos são produzidas propostas que são debatidas e avaliadas pelos estudantes, e, posteriormente, entregue à Mesa Diretora da Câmara Municipal.

Neste ano, a temática trabalhada pelas dez escolas e cerca de 120 alunos foi o combate ao preconceito e ações contra violência nas redes sociais. Eles elaboraram 20 recomendações, depois escolheram dez e avaliaram cinco que foram entregues na Cerimônia de encerramento nesta terça-feira, 31. A plenária final contou ainda com a apresentação do balé do Centro de Educação Interativa (CEI).

Os representantes dos alunos participantes, Robert Silva e Rafael Moura, destacaram a importância da vivência e a integração entre eles, além da relevância do projeto para a formação de novos cidadãos.

“A Câmara Mirim é uma oportunidade de construir uma consciência política diferente, e de pensar diferente. É preciso que vivemos em uma sociedade que cada vez mais olhe e pense no outro”, afirmou o representante dos professores, Simeão Paiva.

“Os protagonistas desse projeto são os alunos, responsáveis pela escolha do tema deste ano. E que fizeram questão de escolher o temática da violência, que tanto afeta os jovens hoje. O que mostra a capacidade que eles têm de entender os problemas que não só lhes afetam, mas que afeta a cidade também”, afirmou o coordenador do projeto, Sérgio Dutra.

Neste ano o projeto contou pela primeira vez com a parceria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A representante da instituição, a pró-reitoria de extensão, Ana Lívia Coimbra, salientou que a parceria visa a construção e o fortalecimento da cidadania. Além disso, uma iniciativa como a Câmara Mirim que busca a construção e o fortalecimento da cidadania, é uma das ações extensionistas mais importantes que a UFJF desenvolve hoje. Sobretudo, porque nela está envolvido o poder Legislativo, tão importante por formular leis, que venham a contribuir para o futuro dessa geração.

O vereador Antônio Aguiar (PMDB) alertou que a cada duas horas morrem sete pessoas por morte violenta, a cada hora uma mulher, e 700 mil pessoas estão desaparecidas no país. Destacou ainda que, a intolerância não é motivo para criar atrito com o outro, e que é preciso criar essa mentalidade nos jovens para acabar com a violência e o preconceito.

O presidente da Câmara, vereador Rodrigo Mattos (PSDB), disse que o objetivo do projeto foi cumprido, especialmente pela interação entre estudantes de diferentes bairros, classes sociais, que se juntam para trabalhar em prol do projeto; e, também a formação política. Mattos afirmou ainda que a Câmara vai debater as propostas tão atuais entregues pelos estudantes.


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