05/08/2020

Arquivo Municipal recebe visita do Fiscaliza JF




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Arquivo possui história de Juiz de Fora desde a década de 1820. Moradores relatam a preocupação de estarem em cima de uma bomba relógio. Local conta com 4 sirenes e mais de 70 detectores de fumaça

Um acervo histórico desde 1829. Um arquivo corrente que conta com mais de 13 mil processos anuais a partir de 1944. Um arquivo intermediário que também acumula processos desde 1945. Com tamanha quantidade de papéis, o Arquivo Operacional e Histórico recebeu a visita da equipe do Fiscaliza JF, juntamente com o presidente da Câmara Municipal, Luiz Otávio Fernandes Coelho - Pardal (PSL) na tarde desta quarta-feira, 5, depois de os moradores do entorno relatarem a preocupação diante de uma possível “bomba relógio”.

O imóvel que abriga o Arquivo Municipal é alugado, e tem cerca de 7 mil m2, sendo 4 mil m2 do Arquivo e 3 mil m2 de construção residencial acoplados a ele. A preocupação dos moradores se refere a um possível incêndio, visto que moram no prédio residencial cerca de 24 famílias, muitas delas com idosos e crianças, em um imóvel que tem ainda quatro lances de escadas.

A secretária de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura, Andrea Goreski, explicou que todas as medidas foram tomadas e que o proprietário do imóvel cuida minuciosamente do local respeitando os critérios exigidos pelo Corpo de Bombeiros. Sabemos da preocupação dos moradores, a vida é muito mais importante do que pilhas de papéis. Mas estamos tomando todos os cuidados possíveis. Foi feita, inclusive, uma capacitação dos brigadistas, junto ao Corpo de Bombeiros, tanto para os servidores como para os moradores, caso haja necessidade de evacuação. Esse aqui é o resultado de tudo que acontece na cidade.

A cirurgiã dentista e moradora do local Kênia Juliane Dermeval mostrou preocupação desde o último incêndio ocorrido na cidade em 2012, em uma casa de artigos de festas. Fizemos todas as adequações, são 24 apartamentos em cima desse arquivo todo, pois é edificação única. Investimos em equipamentos aqui, e o proprietário também, na parte comercial. E cada vez a preocupação é maior, pois dois anos atrás fizemos o curso de brigadista, mas o Bombeiro nos mostrou o risco [...] e o papel pega fogo muito rápido, e no Boletim de ocorrência dos bombeiros, consta lá, alto risco [...]. À noite não tem vigia aqui, e toda vez que dispara o coração vem na boca porque só acontece à noite, quando não tem ninguém, e aí a gente tem que ligar para o proprietário, para ele correr atrás de algum funcionário para saber o que ocasionou isso. Temos idosos acamados, crianças [...] e nosso desejo é que o Arquivo saísse daqui, desabafou.

Já o proprietário do imóvel, Gabriel de Oliveira, disse que a preocupação dos moradores é pertinente, mas que tem cumprido todas as exigências feitas pelo Corpo de Bombeiros. Riscos em qualquer momento e lugar temos. Já foram instaladas quatro sirenes, além de 70 detectores de fumaça, tudo isso de acordo com as normas e exigências do CBMG. O que o Auto de Vistoria exige, nós fazemos, disse. Perguntado sobre o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), Gabriel explicou que estamos avançando para conseguir. O documento é emitido como uma forma de garantir que o edifício segue as normas de segurança contra incêndio.

O vereador Pardal disse que recebeu os moradores e o empresário para uma interlocução com a PJF. Algumas pendências já foram abordadas. E de fato é necessário também que uma pessoa esteja trabalhando à frente para a segurança do local. Precisamos estar atentos a este mundo de papéis. O proprietário já disse que o contrato expira com a Prefeitura em meados de 2021, talvez possa ser finalizado neste período.

O integrante do Fiscaliza JF, Guilherme Martins, relatou que a demanda recebida pelos moradores que solicitaram a visita é o iminente risco de incêndio devido à quantidade de papéis. Houve conversas com ambas as partes, para que se pudesse chegar a um consenso para atender as partes de forma satisfatória. O Fiscaliza JF vai produzir um relatório para que seja enviado à Mesa Diretora para que ela possa fazer um pedido de informação para a PJF das medidas cabíveis que possam ser tomadas, disse.

Digitalização

Sobre uma possível digitalização dos processos arquivados, Andrea ressaltou que é um trabalho oneroso e precisa ser feita a contratação de uma empresa para que seja iniciado o processo de digitalização. Precisamos fazer um marco zero e depois iniciar a digitalização dos processos, mas isso só poderá ser feito após a contratação de uma empresa.

Vigia

Sobre a possibilidade de contratação de vigia para o local em tempo integral, Andrea disse que já está realizando um aditivo no contrato para que seja providenciada, admitindo uma pessoa qualificada para estar no local.

AVCB

De acordo com o proprietário do imóvel, Gabriel de Oliveira, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros é de responsabilidade dele, da Prefeitura e dos moradores; todas as exigências foram cumpridas e ele está aguardando receber o documento.

As pessoas que desejam realizar visita ao Arquivo Municipal podem fazê-la por meio de agendamento prévio pelos números (32) 3214-3450 e (32) 36907029.

Informações: 3313-4734 / 4941 - Assessoria de Imprensa




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